Exposição curta e sem protetor solar deve fazer parte de uma rotina saudável
Expor-se ao sol por, no máximo, 30 minutos pode ser aliado da saúde.
Vitiligo, psoríase, dermatite, depressão e osteoporose. O tratamento de todas essas doenças passa por um remédio rápido, prático, indolor e gratuito: o sol. A exposição aos raios solares por 15 a 30 minutos diários, sem o uso de protetor, controla todas essas enfermidades e ainda melhora a absorção do cálcio no organismo, o sistema imunológico, reduz o risco de câncer e de diabetes tipo 2.
“A exposição deve ser sempre antes das 10h e por um tempo curto – no máximo 30 minutos, dependendo do tipo de pele. Mais do que isso é um fator de irritação”.
Estudos têm comprovado a importância da vitamina D na prevenção de doenças e a relação entre essa substância e o sol está ajudando a mantê-lo como um aliado da saúde. A vitamina é produzida pelo corpo naturalmente depois da exposição aos raios UVB.
Pele nova
Para quem tem psoríase, doença crônica que atinge 2% da população mundial, causando inflamações nas articulações e lesões vermelhas ou descamações na pele, o sol diminui o processo inflamatório e melhora a resposta imunológica. O resultado: as lesões diminuem e, em muitos casos, desaparecem.
A indicação dos médicos é para que a área lesionada seja exposta. Parece fácil, mas não é.
“Mesmo com todos os benefícios, muitos pacientes não aproveitam porque tem vergonha de tornar pública as lesões”.
Dermatite atópica
O mecanismo de ação do sol sobre a dermatite atópica é semelhante: há redução na inflamação e a pele é renovada. A doença congênita se manifesta principalmente na infância, tem aspecto parecido com um eczema, geralmente concentrado nas dobras do corpo e nas bochechas. A pessoa sente uma coceira intensa e, em geral, esse quadro está associada a bronquite, asma e rinite.
Vitiligo
Quem tem a doença não pode abrir mão da terapia com o sol. No entanto, nesses casos é preciso passar medicação antes de se expor. “Além disso, o tempo deve ser menor – no máximo 15 minutos”.
Câncer
Uma nova pesquisa publicada na revista “Câncer Epidemiology Biomarkers and Prevention” identificou que a exposição ao sol reduziu substancialmente o risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa. Os médicos do INSERM, Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisa Médica, da França, revisaram diversos estudos realizados com 67 mil mulheres.
De acordo com a pesquisa, mulheres que moravam em lugares ensolarados como a Provence, tinham 50% menos risco de apresentar câncer de mama em comparação com aquelas de regiões mais escuras, como Paris.
E o mais surpreendente: aquelas que ingeriram menos vitamina D, mas se expuseram com mais frequência ao sol, apresentaram chances 32% menor de desenvolver câncer de mama.
Depressão
O sol tem ação antidepressiva. Com a luminosidade, o cérebro reduz ou interrompe a produção de melatonina, substância que provoca relaxamento corporal, cansaço e sonolência e uma das principais causadoras da depressão. Em países com baixa luminosidade, o índice de depressão na população é maior, explicado pela ausência de luz regular.
Osteoporose
O sol está ligado diretamente com a vitamina D, nutriente essencial para o fortalecimento dos ossos. Tomar sol pode ajudar a manter a quantidade de massa óssea e evita o desenvolvimento de ossos ocos, principal característica da doença, que pode surgir mesmo antes mesmo dos 40 anos.
Diabetes
A exposição ao sol garante que os níveis de vitamina D no corpo estejam adequados, o que reduz as chances de desenvolvimento de resistência à insulina ou de deficiência deste hormônio no corpo. Muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas nesse âmbito na Ásia, por conta de uma predisposição genética dessa região para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Cuidados permanecem
O sol que pegamos no dia a dia pode ser suficiente para evitar a carência de vitamina D no organismo. Os médicos alertam, no entanto, que para garantir os benefícios trazidos pelos raios solares, a exposição da pele deve ser feita somente antes das 10h e após às 16h. E sempre pelo tempo determinado – 15 a 30 minutos por dia. Mais do que isso, o protetor continua sendo essencial.
“Ainda falta conscientização da população, não podemos ser radicais. Não pode tomar sol de maneira desmedida, ficar queimado do sol”.
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