Num rápido retrocesso pela história do cinema, descobrimos que algumas das ideias mais mirabolantes dos filmes já viraram realidade.
Desde 1895, quando os irmãos Lumière fizeram uma apresentação pública em Paris do primeiro filme do mundo, histórias começaram a ser contadas de uma forma única. A partir daí, criou-se uma indústria multibilionária que vem retratando realidades, ficções e, por que não, tem previsto até o futuro.
Foram nas telas dos cinemas que as tecnologias, que até então pareciam absurdas, tomaram forma. E mais que isso, foi a partir das invenções dos diretores, produtores e roteiristas visionários que algumas tecnologias passaram de mera ficção para a realidade.
Em Star Wars: Uma nova Esperança (1977), por exemplo, as influências do filme chegaram até os dias de hoje, mais de 30 anos depois. Recentemente a NASA mandou um robô para a Estação Espacial Internacional que ganhou o apelido carinhoso de R2. Isso porque o robô humanoide faz as mesmas funções que o robô R2D2 retratado no filme. E quem não se lembra de Exterminador do Futuro (1984) e de 2001 - Uma Odisseia no Espaço (1968), ambos mostrando como seria a interação entre robôs e humanos?
Em De Volta para o Futuro II (1989) a história se repete. Steven Spielberg fez previsões que atualmente já fazem parte do nosso cotidiano como a videoconferência, combustíveis alternativos, videogames que captam movimentos do corpo, filmes 3D, tablets e computadores de mão, televisões widescreen penduradas na parede e múltiplos canais na mesma tela. Isso sem falar nas tendências de consumo que o diretor já havia previsto como adolescentes consumidos por seus aparelhos eletrônicos e os CDs sendo descartados por falta de uso.
Há dois anos outra profecia cinematográfica foi cumprida. O sistema controlado por gestos das mãos, retratado no filme Minority Report (2002), saiu das telas para a vida real. Uma empresa que nasceu dentro do Media Lab do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetes) apresentou a tecnologia na qual as pessoas podiam arrastar objetos e manipular imagens virtuais sem tocar em nenhuma superfície, exatamente como Tom Cruise fazia no filme. Atualmente empresas americanas também começaram a viabilizar o projeto Big Dog, que mistura robótica e inteligência artificial, assim como no filme AI - Inteligência Artificial (2001), os robôs são capazes de tomar decisões sozinhos. Isso sem falar em Robocop (1987), o policial do futuro, que inspirou a criação de um exoesqueleto, ou uma armadura mecânica, que vem sendo testada pelos militares americanos.
Na área científica, o filme A Ilha (2005) contava a história de uma ilha onde todos os habitantes eram clones que serviam apenas para doar órgãos e tecidos para outros seres humanos. Não chegamos nesse estágio - será que um dia o atingiremos? Mas, ações semelhantes já andam sendo feitas com a criação de órgãos em laboratórios. Gattaca - A Experiência Genética (1997) também espelha um pouco a realidade atual. Hoje com a evolução da engenharia genética já é possível modificar organismos, algo semelhante ao que o filme mostra.
De certa forma até mesmo Matrix (1999) tem se revelado na atualidade. O conceito de realidade alternativa dentro da nossa própria realidade é o que muitos têm vivido com as redes sociais e o mundo virtual que nos rodeia. Por isso, é inegável: a vida imita a arte. O importante agora é saber até onde a realidade vai e a ficção fica.
Salvo pela Ficção Científica - Invenções no cinema que inspiraram os cientistas e inventores da atualidade
Em 1999, o filme Matrix revolucionou o cinema combinando o conceito de realidade virtual com os incríveis efeitos especiais de uma grande produção de Hollywood, e se tornou a maior bilheteria do ano. Será que estamos a ponto de fazer das ferramentas e habilidades do mundo virtual mostrado no filme uma realidade? Os crimes cometidos na Internet são só a ponta do iceberg.
Outro episódio de Salvo pela Ficção Científica examina a ficção de O Exterminador do Futuro, e revela que já temos a tecnologia para construir um verdadeiro Cyborg, um robô revestido de carne. No MIT (Massachusetts Institute of Technology) em Boston, cientistas criaram um tipo de pele sintética e sensores que permitem aos robôs sentirem a picada de uma agulha. Será que existem mesmo? Homens de Preto patrulhando a Terra em busca de vida extraterrestre? Já inventaram carros que voam e armas em miniatura, como os que aparecem no filme. Finalmente, alguns físicos quânticos acreditam que é teoricamente possível existir um portal para o espaço sideral, fazendo com que o filme Stargate não seja pura fantasia.
Salvo pela Ficção Científica investiga os diversos projetos fascinantes da vida real que foram inspirados pela ficção científica, e analisa como eles podem mudar a vida na Terra como a conhecemos e ir além dela.
Neste programa, você verá como o mundo virtual de Matrix está se tornando realidade graças à Internet. Milhões podem se conectar online e jogar em rede, fazer compras e até se apaixonar através da realidade virtual. Também inspiradas pelo filme Matrix, operações de realidade virtual ensinam os médicos a desempenhar procedimentos difíceis e perigosos sem colocar em risco a vida humana. Conheça Jaron Lanier (o homem que inventou a realidade virtual) e os cientistas que usam a realidade virtual para controlar vírus, tanto os médicos como os da Internet. O programa também examina as mentes por trás de Matrix dos irmãos Wachowski. Os gêmeos Neil e Adrian Rayment, que apareceram em Matrix Reloaded, narram o programa e revelam a ciência por trás da ficção científica.
Salvo pela Ficção Científica 2
Não é só na telona que os Homens de Preto investigam a atividade extraterrestre. Homens de Preto foi lançado em 1997 e acompanha as aventuras de agentes de uma organização ultra-secreta criada para monitorar e policiar a atividade alienígena na Terra. Homens de Preto II foi lançado em 2002 e mostra os agentes quatro anos depois. No mundo real, bilhões de dólares são gastos na exploração e busca de vida fora da Terra. O SETI (Search for Extra Terrestrial Life Institute) na Califórnia é uma organização particular, não lucrativa, dedicada à pesquisa científicas e educacionais com a missão de explorar e entender a origem e a natureza da vida no Universo. Nas montanhas Sierra, enormes rádios telescópios esperam o primeiro contato com vida alienígena, e o Dr. Seth Shosak, m do SETI, é quem irá responder à chamada quando ela chegar. Já o Dr. Mark Lythgoe, Neuropsicólogo no Great Ormond Street Hospital de Londres, e o especialista em hipnose Dr. Naish acreditam que é cientificamente possível usar um flash de luz para fazer uma pessoa esquecer tudo (como no filme). Além disso, uma famosa futurista irá explicar porque é altamente provável que os ETs já estejam entre nós. Finalmente, uma teoria da conspiração explica os planos do governo norte-americano para um encontro com os extraterrestres.
Em 1984, o mundo conheceu O Exterminador do Futuro, um incansável ciborgue assassino. Quando Arnold Schwarzenegger proferiu a memorável frase "Eu voltarei", não estava mentindo. Sete anos depois, O Exterminador do Futuro 2 foi outro sucesso de bilheteria. Este programa revela como a ficção científica de O Exterminador do Futuro teve grande impacto nas investigações científicas do mundo real. Você verá cenas do filme e imagens dos bastidores da filmagem, assim como entrevistas com os criadores do filme e com aqueles que se inspiraram nele para criar ciência na vida real. Das viagens no tempo ao metal líquido, de máquinas assassinas a ciborgues, O Exterminador do Futuro mudou a face da tecnologia para sempre. No filme, um robô assassino é enviado de um mundo futuro dominado por máquinas. Este especial revela como os robôs e ciborgues não são apenas criações cinematográficas, e que atualmente temos a tecnologia necessária para construir um Exterminador, um robô que anda, fala e sente como um ser humano. Você também conhecerá o primeiro ciborgue do mundo.
Em 1999, o filme Matrix surpreendeu audiências e gerou uma adesão instantânea, ao melhor estilo de Guerra nas Estrelas, por terem elementos similares em comum. Mas este filme dos irmãos Wachowski, Andy e Larry, tem um ritmo mais acelerado, com um estilo de edição frenético, efeitos especiais múltiplos e ultra-tecnológicos, e a história sensível de uma aventura com traços míticos.
Como Guerra nas Estrelas, Matrix cria uma ciberexistência paralela que nunca havia sido explorada antes.
Fãs da literatura de ficção científica reconhecem ecos de Matrix nas obras de escritores como Philip Dick e William Gibson, ao apresentar um futuro dominado por ciberorganismos e um herói solitário que sempre consegue vencer.
Matrix, cujo orçamento original era de 65 milhões de dólares, não apenas faturou muito. Ele também mudou a concepção cinematográfica às portas do novo milênio.
Depois de ler o roteiro, Will Smith não quis aceitar o papel de um exterminador de alienígenas em Homens de Preto, mas sua esposa, Jada Pinkett Smith, o convenceu a fazer o filme. Ele e Tommy Lee Jones são agentes secretos que monitoram a atividade alienígena na Terra.
Uma mistura de ficção científica, efeitos especiais e senso de humor levaram ao sucesso nas bilheterias, e mais tarde a uma sequência muito popular.
O diretor Barry Sonnenfeld substitui seu colega, Les Mayfield, logo depois do início das filmagens, em 1997.
Dizem que a protagonista feminina, Linda Fiorentino, ganhou o papel depois de ganhar um jogo de pôquer contra Sonnenfeld.
O Exterminador do Futuro
É difícil imaginar que O Exterminador do Futuro, de 1984, poderia ter sido feito com outro ator que não Arnold Schwarzenegger, mas a verdade é que o diretor James Cameron quase escalou OJ Simpson para o papel.
Finalmente, ele escolheu o ex-Mister Universo, cujo sotaque era perfeito para um ser cibernético vindo do futuro. Sua missão era matar a mãe do líder da resistência humana, que ameaçava a ordem estabelecida na Terra pelos exterminadores em um futuro não muito distante.
Seus efeitos especiais, ritmo frenético, violência e roteiro colocaram O Exterminador do Futuro entre os mais influentes filmes de ficção científica.
Cameron se tornou o diretor da moda neste gênero, utilizando ao máximo os efeitos especiais na sequência de Alien e do próprio Exterminador, em 1991.
Stargate
Na tradição de muitos filmes de ficção científica, o filme de Roland Emmerich, de 1994, usou quase todos os efeitos especiais esperados pelo público do gênero, cada vez mais difícil de agradar, mas permaneceu fiel às histórias que se passam no espaço.
O descobrimento de um objeto no Egito que permite o transporte interestelar é o início de uma série de aventuras, já que o objeto é Stargate, um portal para o espaço.
Stargate gerou uma bem-sucedida série de TV que duraram várias temporadas nos Estados Unidos. As mudanças constantes no elenco não alteraram o interesse do público por ela.
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