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Por que alguns ficam ricos?

 Algumas pessoas ficam ricas enquanto outras, que trabalham tanto ou mais não ficam.
Um menino resolve fazer um barquinho. Escolhe um pedaço de madeira e aos poucos vai esculpindo o barco. Depois de alguns dias pega um pedaço de pano, faz a vela e mesmo sem pintura e acabamentos coloca-o no rio. O menino olha a correnteza levando seu barco que firmemente navega pelo rio até desaparecer da sua vista. Ficou feliz por fazer o barco, mas rapidamente o perdeu.
Um adolescente andando pela beira do rio encontra o barquinho preso nos galhos. Mesmo com dificuldade resgata o barco e o leva para sua casa. Nesse mesmo dia limpa o barco e cuida dele com muito carinho. Na manhã seguinte o adolescente compra algumas tintas e pincel e pinta o barco de branco, azul e vermelho. Olha para o seu feito e alegre corre para a escola. Uma colega gosta tanto do barco que lhe faz uma oferta de R$ 50,00. Para quem gastou apenas R$ 5,00 ganhar R$ 45,00 é um ótimo negócio então imediatamente vende o barco. Em casa a menina alegremente mostra para sua mãe o que comprou. A mãe achou o barquinho lindinho, mas diz que jamais daria R$ 50,00 por ele. Triste ela guarda o barco em seu quarto, mas quando o pai chega, ela conta o que aconteceu. O pai olha o barco e acha muito legal e propõe trocar a vela, o barco recebe um tecido novo, colorido, bonito. A menina abraça o pai e resolve dar um nome ao barco e o batiza de São Francisco. Francisco e a filha alegremente colocam o barco na sala, bem exposto.
Uma amiga de sua mãe vem visitá-los e observa o barco. Admirada fala para a família que deseja compra-lo. A menina responde que não está a venda. A amiga insiste e oferta R$ 100,00 e persuadindo a menina compra o São Francisco. Mulher determinada ela pega um simples barquinho e trabalha para melhorá-lo. Coloca leme, cordas, timão, arruma e enfeita o barco. Leva-o para sua loja de presentes colocando-o em destaque na vitrine. Ao lado do barco coloca um cartaz dizendo; Barco encontrado no rio, restaurado por várias pessoas, à venda para pessoas de bom gosto ou colecionadores. Seu nome é São Francisco e custa R$500,00. No dia seguinte entra na sua loja um senhor, tira do bolso R$ 500,00 e aponta para o barco dizendo; O São Francisco é meu. Aposentado e com muita paciência o novo dono passa dias olhando para o barquinho. Estudando, matutando, até que resolve colocar nele um motor com controle remoto. Ficou perfeito, o barquinho agora navega com elegância e controlado a distância.
No sábado ele leva o barco para passear no lago da cidade. Aos poucos muitas pessoas vão se aproximando e admirando o São Francisco, deslizando suavemente por sobre as águas. Sentado em sua cadeira coloca um cartaz junto a sua mesa com o seguinte texto; Você pode não ter tempo para fazer um barco. Você pode dizer que não tem dinheiro para comprar um barco para o seu filho. Você sempre está correndo e reclamando não ter tempo. Cinco minutos divertindo-se com seu filho valem milhões. Eu ofereço esse divertimento por R$ 5,00. Alugue por cinco minutos o São Francisco e veja como é bom navegar.
Feliz da vida o aposentado se diverte alugando o barco, quatro horas por dia e somente de manhã.
Você já fez as contas de quanto ele está ganhando?
Qual dessas pessoas você é: menino, adolescente, menina, mãe, pai, amiga ou esse senhor aposentado?

Dica: Assistam ao Filme: O Presente

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Título Original:  The Ultimate Gift
País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama
Ano de Lançamento:  2006

Sinopse
Jason acabou de perder o avô bilionário que sempre odiou e estava certo de que não herdaria nada. Mas se enganou: "Red" Stevens (James Garner) deixou 12 tarefas para Jason, ao fim das quais ele será avaliado e, se merecer, terá direito ao que Red chama de "o maior de todos os presentes". Cada uma dessas tarefas tem o objetivo de promover alguma mudança em Jason, mas nenhuma terá tanta força quanto o encontro casual com a pequena Emily (Abigail Breslin).



Casos, destaques e exemplos de enriquecimento – Pessoas que viraram a mesa e venceram


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Entre todas as diferenças que fazem a beleza da raça humana, uma das menos estudadas é por que algumas pessoas têm o pendor de acumular riquezas enquanto outras, a imensa maioria, se especializa em gastar tudo que ganham – ou, em muitos casos, mais do que recebem. De uns tempos para cá a literatura sobre a questão vem-se multiplicando. O melhor campo de estudo dessas diferenças é o imenso contingente de homens e mulheres que os pesquisadores chamam de "milionários de primeira geração". São aqueles que não herdaram nada de especialmente valioso de seus pais ou familiares e, no mesmo tempo de vida em que seus colegas construíram carreiras profissionais ou acadêmicas, juntaram uma montanha de dinheiro que os diferencia dos demais. São pessoas que, em reuniões de escola, quando se comemoram vinte ou trinta anos da formatura, se destacam por ter ficado ricas. Sempre se notam os que ficaram precocemente carecas, os barrigudos, os que estão no quarto ou quinto casamento ou os que se tornaram seguidores fanáticos de alguma seita. A categoria que mais chama a atenção nessas ocasiões sociais, no entanto, é a daqueles que, surpreendentemente, ficaram muito mais ricos que a média dos colegas.
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"Esses milionários de primeira geração deixam os colegas intrigados. Muito intrigados. Como pode ser? Ele nada tinha de especial!", escreve o americano Robert Kiyosaki, um dos autores do livro Pai Rico, Pai Pobre, cuja edição brasileira andou recentemente entre as obras de autoajuda mais vendidas. Ele mesmo responde: "Não tem mistério. As pessoas que sabem acumular riquezas simplesmente se educaram para isso. Deram às finanças pessoais durante toda a vida um peso muito maior que à formação cultural, acadêmica e mesmo ao conforto e à aparência". Em resumo, milionários não surgem por acaso nem por geração espontânea. Com exceção dos sortudos que acertam a Mega Sena e dos corruptos, os milionários que construíram a própria fortuna são produto de uma educação especial e muita disciplina. Por alguma razão ainda não totalmente clara, o número desses acumuladores de riquezas está aumentando em muitos países – inclusive no Brasil. Um estudo feito pela empresa de consultoria americana Merrill Lynch estima que vivam atualmente 7 milhões de milionários de primeira geração na América do Norte. Gente que não herdou nada de ninguém. Teve boas ideias, trabalhou duro e enriqueceu. Segundo a pesquisa, o patrimônio desse grupo cresceu 18% no último ano e já atinge mais de 25 trilhões de dólares. Eles têm sido estudados não porque suas fortunas rivalizem com aquelas dos milionários tradicionais. Nada disso. Eles são interessantes porque se distanciaram de modo fenomenal da média das pessoas da classe social em que nasceram. São intrigantes como grupo também porque, mesmo tendo muito dinheiro, fogem em tudo ao velho clichê dos ricos. Misturam-se a gente comum. Podem ser seus vizinhos no bairro ou na arquibancada do estádio de futebol. Distinguem-se por seu talento especial para construir e acumular riquezas.
Entre 1988 e 1998, a população americana cresceu 8% enquanto o número de famílias com patrimônio superior a 1 milhão de dólares dobrou. No Brasil, é até enfadonho constatar, não há estatísticas muito convincentes sobre a tribo dos acumuladores de riquezas. No entanto, existe um dado útil para mostrar que, aparentemente, o país, nesse particular, segue na mesma direção observada em outras partes do mundo. Segundo um estudo feito pela Secretaria da Receita Federal, o número de pessoas que podem ser classificadas de milionárias no Brasil cresce num ritmo quase dez vezes maior que o da população em geral. A informação é limitadíssima, porque trata apenas dos brasileiros que declaram imposto de renda. Mas quando se sabe que para cada brasileiro que paga regularmente seus impostos existem três que pagam menos do que deveriam ou sonegam tudo, a amostra da Receita tem seu valor estatístico reafirmado. Uma análise a respeito do comportamento dos brasileiros nascidos em lares pobres e de classe média, tendo mais tarde enriquecido por esforço próprio, vem sendo feita pelo professor Everardo Rocha, antropólogo que dá aulas de comunicação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A conclusão do professor: "Como regra geral, esses novos ricos fogem do estereótipo de arrogância e demonstração de poder, marca registrada dos ricos tradicionais, mesmo aqueles que já não são assim tão ricos".
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Descobriu-se em várias cidades brasileiros que personificam esse fenômeno. Para selecionar seus personagens, foi ignorado o padrão oficial adotado pelos organismos de governo, segundo o qual quem ganha mais de 2 200 reais por mês é classificado como classe A no Brasil. Ou seja, são pessoas que fazem parte do 1% de brasileiros ocupantes do topo da pirâmide social. Foram atrás de gente excepcional, que começou a vida sem recursos e colocou-se, no quesito patrimônio pessoal, muito acima da média. Pessoas assim sempre existiram. Para citar um caso exemplar, fica-se aqui com o americano John D. Rockfeller, que foi de zero a 30 bilhões de dólares de fortuna pessoal em quarenta anos de vida. No Brasil, um exemplo notório é Olacyr de Moraes, que de motorista se tornou o rei da soja, um dos homens mais ricos do país. Há também o milionário dos ônibus urbanos, o mineiro Nenê Constantino, que trabalhava ao volante de um caminhão usado e agora se aventura numa empresa aérea regional. Buscaram casos mais recentes e menos estelares; portanto, mais frequentes e mais próximos da experiência da maioria das pessoas. Submeteram os novos ricos a um questionário útil para que se saiba o que pensam sobre eles mesmos, sobre os colegas que não ficaram ricos, sobre seus truques e os sacrifícios por que passaram para juntar uma fortuna considerável, de tostão em tostão. São pessoas entre os 20 e os 75 anos. Têm patrimônio líquido (tudo que possuem menos as dívidas) que varia de 1 a 80 milhões de reais. Atuam em áreas diferentes, da educação ao comércio, passando pela internet. Suas histórias podem servir, de um lado, para perceber que não há mágica. Os novos ricos aceitaram viver sob disciplina férrea para fazer dinheiro e conservá-lo em seu poder. Poucos se dão a ostentações. A maioria deles nem sequer faz questão de sair do bairro onde nasceu e mudar para regiões mais badaladas. Não fazem parte também do público que lota os navios de cruzeiros marítimos ou as butiques da moda. Viagens ao exterior, sim, mas não antes que seu custo seja insignificante em relação aos ganhos e ao patrimônio. Foram submetidos também ao teste tirado do livro The Millionaire Next Door (O Milionário Mora ao Lado), dos americanos Thomas Stanley e William Danko, professores da Universidade Estadual de Nova York, em Albany. Stanley e Danko garantem que seu teste mostra com clareza em que categoria de poupador cada pessoa se situa. Os personagens desta reportagem estão todos na categoria de "prodigiosos acumuladores de riqueza" ou na imediatamente abaixo, "razoáveis acumuladores". Alguns deles:
OURO DE MOSCOU É irrisório o número de professores que conseguem escapar da rotina do giz e quadro-negro para se tornar empresários do ramo educacional. O afunilamento é dramático. Os especialistas calculam com base no número de escolas particulares no Rio de Janeiro, onde foi feito um estudo, que essa proporção é de um em 20 mil. Quantos conseguem sair da sala de aula e fundar uma escola de sucesso com centenas de professores e milhares de alunos? Muito provavelmente os bem-sucedidos contam-se nos dedos das mãos. É o caso da mineira Luziana Lanna. Ela começou a dar aulas de inglês em Belo Horizonte numa época em que um professor de idiomas ganhava o suficiente para comprar um Fusca usado e alugar um pequeno apartamento. Hoje, aos 47 anos, Luziana é dona de uma organização que emprega duas centenas de funcionários e tem 7 000 alunos em escolas no Brasil e nos Estados Unidos. Construiu um patrimônio pessoal estimado em 4 milhões de reais. Ela dirige um Fiat Uno 94 pelas ruas da cidade e gasta a maior parte de seu dinheiro com o objetivo de aprender novas técnicas de ensino de idiomas. Sua vocação empresarial nasceu não da vontade de aumentar seu conforto e posição social, mas da insatisfação com as técnicas de ensino de sua fase de iniciante na carreira. Nada a satisfazia. Leu algo sobre cursos para espiões, que, no auge da Guerra Fria, precisavam, em curto espaço de tempo, aprender perfeitamente línguas estrangeiras. Levou tão a sério a informação que conseguiu registrar-se no Instituto Pushkin, em Moscou, onde os espiões da KGB na então poderosa União Soviética aprendiam inglês. Estudou outros métodos e saiu-se com uma técnica própria.
LIÇÃO – Segundo os especialistas, Luziana cumpriu um dos mais sagrados mandamentos dos acumuladores de sucesso. Não gaste com itens que simplesmente aumentem seu conforto. Só faça cursos ligados diretamente a seu negócio. Invista em imóveis apenas se o retorno estiver garantido, seja na forma de aluguel, seja no uso produtivo.
TURISTA APRENDIZ Quantas viagens à Nova York são necessárias para alguém aprender uma maneira de ficar rico? Para o paulista João de Matos bastou uma. Ele chegou à Nova York com dinheiro suficiente para passar férias prolongadas. Descobriu em pouco tempo que faltavam aos viajantes americanos informações precisas sobre destinos turísticos no Brasil. Com dinheiro emprestado, abriu uma pequena agência especializada em vender passagens para quem quisesse visitar cidades brasileiras. O negócio cresceu rapidamente. Aos 53 anos, João de Matos tem um patrimônio estimado em 60 milhões de dólares e é dono de uma rede de agências dedicada à venda de pacotes turísticos para o Brasil e a América Latina. Tem ainda uma churrascaria, uma boate, uma lanchonete e um jornal dirigido a brasileiros que vivem nos Estados Unidos.
LIÇÃO – Matos descobriu como ganhar dinheiro num ramo em que a imensa maioria das pessoas só pensa em se divertir. Os estudiosos dos ricos de primeira viagem notam que essa é uma característica comum a certo tipo de acumulador. Eles enxergam como ganhar dinheiro onde a maioria só sabe gastar. Ou em ramos em que a maioria das pessoas não gosta nem de pensar, como a coleta de lixo ou as agências funerárias.
VIRTUAL Aos 23 anos, o paulista Marcelo Tripoli é sócio de uma multinacional. Como milhões de jovens em todo o mundo, ele entrou de cabeça na revolução digital. Em vez de passar o tempo em infindáveis noitadas nos sites de bate-papo ou páginas de sexo, como é normal nos adolescentes, Marcelo visitava as páginas de grandes empresas brasileiras. Nenhuma o agradava. Achava tudo muito malfeito. Em sua opinião, as grandes corporações estavam aproveitando de maneira deficiente o potencial de negócio que a nova tecnologia oferecia. Mas ele tampouco entendia de negócios. Era apenas um convertido à internet. Passou a gastar cada tostão que ganhava na compra de livros de economia e administração. Leu compulsivamente. Comprou um paletó e foi à luta. Saiu de porta em porta oferecendo-se para trabalhar. Como a área estava mal se firmando nas empresas e havia aquela ideia fixa de que as revoluções da internet nascem de jovens imberbes numa garagem qualquer, ele foi ouvido com atenção. Nunca quis emprego. Preferia ser tratado como consultor. Em pouco tempo firmou reputação. Prestou serviço para gigantes, como Unilever, Telesp Celular, Johnson & Johnson e Philips, ganhou milhões e perdeu com a queda generalizada dos negócios na internet.
LIÇÃO – O americano Robert Kiyosaki ficaria orgulhoso. Parece que Marcelo leu seu livro. Não leu. Mas fez tudo que o americano aconselha a quem quer tentar ficar rico: nunca procure estabilidade, o emprego fixo, com hora marcada para chegar e sair e a segurança de um salário no fim do mês. Ouse. Arrisque-se. Ser jovem é isso: correr o risco de enriquecer.
Os especialistas não acreditam, com toda a razão, que se possa transformar uma pessoa financeiramente irresponsável num poupador fenomenal. Mas é possível educar-se nessa área. Melhor ainda. É muito mais fácil do que se imagina ensinar as crianças a crescer com uma orientação correta no trato com o dinheiro. Segundo a mais extensa pesquisa sobre quem são e como vivem os milionários americanos, feita pelo instituto Intelligence Factory, o perfil do ricão pilotando seu Porsche conversível metido num terno de lã de seda de 3 000 dólares é quase uma caricatura. Ela ilustra com precisão os hábitos de uma minoria de profissionais altamente bem-sucedidos que fazem da ostentação sua vitrine para o mundo. São atores, escritores de sucesso e executivos que precisam a todo o momento vender uma imagem vitoriosa. A pesquisa mostra que a maioria das pessoas com muito dinheiro e propriedades é formada por uma massa anônima de formidáveis acumuladores de riquezas. São sujeitos sem brilho, donos de pequenos negócios, que ganham moderadamente, gastam pouco e poupam sem constrangimentos. A frugalidade é seu lema. Eles se curvam com prazer ao que parece ser uma lei da vida financeira de quem não herdou fortuna: "ostentação e patrimônio se repelem – quando uma aumenta o outro diminui".
Não há garantias de que outras pessoas possam seguir as receitas de Luziana ou João e obter os mesmos resultados. Como em tudo na vida, o imponderável, a sorte de estar no lugar certo na hora certa, é um fator crucial. Os estudiosos dos ricos de primeira geração estão dando seus diagnósticos sobre casos de pessoas bem-sucedidas. Tomar suas lições como um guia para ficar rico é tolo. Manuais de autoajuda são invariavelmente úteis para quem os escreve. Ficam ricos quando a obra cai no gosto popular. Mas esses estudos são espetaculares como forma de satisfazer a curiosidade, de encontrar alguma pista sobre por que alguns colegas enriqueceram e outros seguiram carreiras vitoriosas ou não, mas absolutamente previsíveis. É ótimo convite também para fazer um diagnóstico financeiro pessoal.
Como todas as fórmulas que se aplicam a áreas pouco exatas, a que está sendo desenhada para explicar o fenômeno do novo-riquismo é vaga. O que se sabe ao certo é que os novos ricos estão crescendo num ritmo maior que o da população em geral em locais tão diversos como Austrália, Estados Unidos, Inglaterra, Brasil e África (até a África!). Um livro publicado pelo jornalista americano David Brooks, Bobos in Paradise, the New Upper Class and How they Got There (a obra ainda não tem tradução em português, mas o título seria algo como Burgueses Boêmios no Paraíso, os Membros da Nova Classe Alta e como Eles Chegaram Lá), ousa lançar uma explicação. Os ricos que chegaram lá sem nada ter herdado, pelo menos nos Estados Unidos, tendem a serem sujeitos rebeldes. Gente que se insurgiu contra a educação formal como Bill Gates, que abandonou a Universidade Harvard para criar a Microsoft. Na área de Gates e da internet os exemplos se contam às centenas de milhares. Há inúmeras pesquisas sobre esse pessoal. Algumas delas:
clip_image024A empresa de pesquisa Pophouse, australiana, descobriu que os ricos da nova geração gostam de qualidade e estilo, mas preferem não exibir sua riqueza.
clip_image024[1]Um instituto inglês, o Henley Centre, chegou à conclusão de que, mais que o prazer de possuir riquezas, eles valorizam o bem-estar.
O Doneger Group, americano, deduziu, de suas enquetes, que os novos ricos gostam de comprar carros e relógios caros, de marcas famosas, mas preferem ter um relógio Montblanc ou Cartier com pulseira de borracha àqueles com braceletes brilhantes, de ouro ou prata. Querem produtos de qualidade, mas discretos e personalizados.
O Intelligence Factory, instituto de pesquisa com base na Suíça, entrevistou 250 desses ricos anônimos pelo mundo afora. Concluiu que eles cultivam ideais nobres numa amplitude insuspeitada. Em geral, consideram a ostentação coisa ultrapassada e gastam seu dinheiro em atividades beneméritas. "Essas pessoas podem comprar tudo o que quiserem, mas exatamente por isso não acham mais graça em fazê-lo", diz Ira Matathia, presidente do Intelligence Factory.
O Institute for Policy Studies, firma de pesquisa americana, descobriu que na África do Sul, país onde até pouco tempo atrás só os brancos conseguiam construir um patrimônio notável, recentemente surgiu uma nova classe de gente muito rica – 20% dela composta de negros. Seu comportamento é semelhante ao dos ricos de primeira viagem dos países desenvolvidos.
Moral da história: muitos dos novos ricos têm gostos e preferências de consumo que não estão sendo atendidos pelos fabricantes. Com certeza algum jovem de futuro vai fazer bom uso dessa informação e transformá-la num negócio lucrativo. Quem sabe não será ele próprio um rico de primeira geração. Alguém se habilita?

UM MANUAL PARA EDUCAR CRIANÇAS
Alguns conselhos de especialistas sobre como agir para que elas aprendam a ganhar, administrar, guardar e doar dinheiro.
1 As crianças devem trabalhar, especialmente quando não precisam. É muito frequente que os pais façam demais por elas, e isso estimula maus hábitos.
2 Não é recomendável que os pais paguem por serviços prestados, em casa, pelos filhos. Eles devem aprender que o trabalho doméstico é uma obrigação, um prazer, um ato de participação na família e na comunidade. O trabalho remunerado fica numa categoria diferente.
3 Os pais devem evitar dar dinheiro picado aos filhos cada vez que eles forem sair ou precisarem comprar alguma coisa. A criança deve aprender desde cedo que dinheiro tem um valor e que não jorra de uma fonte inesgotável.
4 Dar mesada, apenas, é insuficiente. Os pais devem estimular os filhos a fazer uma relação de suas despesas, um cálculo de quanto precisam ganhar, e esse material deve ser submetido a sua aprovação. Depois, então, o valor da mesada deve ser estabelecido e ficará por conta da criança administrar seu dinheiro.
5 Abrir uma caderneta de poupança para a criança é uma forma de ensinar-lhe o princípio da acumulação. Assim como abrir uma conta corrente para o adolescente o obriga a desenvolver o sentido de controle.
6 As crianças devem participar das reuniões familiares sobre o orçamento da casa, e suas ideias sobre despesas devem ser ouvidas. Assim elas aprenderão a pensar de forma responsável.
7 Os pais devem orientar os filhos para analisar seus projetos de compras – de um novo tênis ou um videogame de última geração – sob três aspectos: o preço, o efeito sobre sua poupança e para quem doar o tênis ou o brinquedo que será descartado. Essa é uma importante lição sobre valores: o do dinheiro e o da filantropia.
8 Estudar é uma obrigação. Pais que premiam filhos que não ficam para recuperação ou não repetem o ano estão estimulando a acomodação. Mas bons alunos devem ser elogiados.
9 As crianças devem ser encorajadas a buscar as próprias oportunidades de ganhar dinheiro. Podem oferecer-se para passear com o cachorro do vizinho ou montar um espetáculo de mágica para festas infantis. Com isso desenvolverão espírito empreendedor, tão valorizado nos tempos atuais.
10 Hoje, profissão que dá dinheiro é aquela em que a pessoa sobressai porque gosta do que faz e porque tem habilidades que se destacam. Portanto, a criança deve ser orientada para se desenvolver nas áreas em que demonstra maior interesse e aptidão, seja balé ou espeleologia.


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ADRIANE LENGLER
A gaúcha de 34 anos, de Porto Alegre, é dona da maior loja de computadores, programas e jogos do Rio Grande do Sul, a Compujob, que fatura cerca de 2 milhões de reais por mês e já recebeu oferta de compra de 10 milhões de reais. Começou a trabalhar aos 18 anos, quando ainda cursava o 1º ano da faculdade de informática. Em dezesseis anos viu quebrar muitos concorrentes. Ela sobreviveu. Tem uma casa de praia em Garopaba, Santa Catarina, e duas vezes por ano viaja para fora do país.
Frase que mais usa: eu faço
Maior medo: doença
Virtude que mais valoriza: a capacidade de realizar
Característica que mais lamenta nos outros: egoísmo
Do que menos gosta: não fazer nada
Quanto demorou para acumular o primeiro milhão: cinco anos
Conselho que ouviu do pai a respeito de dinheiro: poupe


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PEPE FARO
O espanhol Jose Faro Rua, de 58 anos, está há 43 anos no Brasil. Começou a ganhar a vida como entregador de garrafas de leite. Guardou dinheiro, arrendou uma padaria e hoje comanda a maior rede de lojas de doces e salgados de Salvador. Emprega mais de 800 pessoas e fatura 42 milhões de reais por ano. "Trabalhei duro, mas não vim ao Brasil para perder. Sempre soube que ou vencia ou seria vencido", diz. Pepe Faro, como é chamado, trabalha de sol a sol. Só esbanja dinheiro quando viaja para o exterior, duas vezes por ano. Acumulou um patrimônio avaliado por ele mesmo em 80 milhões de reais. "Tive a sorte de estar nos lugares certos, nas horas certas. Meu maior medo, hoje, é a ruína. Trabalho para passar longe do fracasso", confessa.

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LUZIANA LANNA
Mineira de 47 anos começou a vida dando aulas particulares num quarto de seu apartamento, em Belo Horizonte. Hoje é dona de uma escola de idiomas com 200 funcionários e 7 000 alunos. Tem filiais em Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal e nos Estados Unidos. Fatura 5 milhões de reais por ano. Seu patrimônio está avaliado em 4 milhões de reais, mas ela continua andando com seu Fiat velho.
Frase que mais usa: bola pra frente
Maior medo: não conseguir ajudar os filhos
Virtude que mais valoriza: honra
Característica que mais lamenta nos outros: falsidade
Herói de ficção preferido: He-Man. "Porque ele tem a força, e eu adoro essa expressão”
Do que menos gosta: papo de bêbado e café requentado
Estudar ou trabalhar: trabalhar
Quanto tempo demorou para acumular o primeiro milhão: mais do que queria e menos do que a maioria das pessoas
Conselho que ouviu do pai a respeito de dinheiro: dinheiro não é capim. Não brota se a gente não planta
Conselho que dá a seus filhos a respeito de dinheiro: que aprendam a ganhar o seu
O que é um jantar caro: aquele em que se come mal
Como gostaria de morrer: rapidamente


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MANOEL HORÁCIO
FRANCISCO DA SILVA

Português naturalizado brasileiro, 55 anos, o presidente da Telemar sempre foi executivo de grandes empresas. Poupando, acumulou seu primeiro milhão aos 35 anos. Investe sua fortuna em ações. Não tem motorista, mora sozinho e conta apenas com a ajuda de uma faxineira, uma vez por semana,
para cuidar da casa.
Frase que mais usa: precisamos fazer
Maior medo: insucesso
Virtude que mais valoriza: disciplina
Característica que mais lamenta nos outros: desonestidade
Herói de ficção preferido: o Fantasma dos quadrinhos
Maior conquista: segurança
Do que menos gosta: esperar
Quanto demorou para acumular o primeiro milhão: 35 anos
Conselho que ouviu do pai a respeito de dinheiro: do pai, nenhum. Da mãe: nunca compre a crédito. Só compre se tiver dinheiro para pagar
Conselho que dá a seus filhos a respeito de dinheiro: o mesmo que minha mãe me deu
Estudar ou trabalhar: os dois são extremamente importantes
O que é um jantar caro: 200 reais por cabeça
Como gostaria de morrer: dormir e não acordar
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RAPHAEL JULIANO

Paulistano de 66 anos começou a vida como carregador de frutas no Ceasa, em São Paulo. Hoje é dono de seis fazendas, onde está uma das mais produtivas plantações de laranja do mundo. Também é exportador de frutas para países do Oriente. Com patrimônio superior a 5 milhões de reais, Juliano só se permite gastar à vontade quando viaja para a Europa, uma vez por ano, com as netas.
Frase que mais usa: por favor
Maior medo: chuva com raio no campo
Virtude que mais valoriza: a caridade
Característica que mais lamenta nos outros: acho que ninguém tem o direito de julgar os outros
Herói de ficção preferido: o cavalo do Zorro
Do que menos gosta: lugar com muita gente
Quanto demorou para acumular o primeiro milhão: uma vida de trabalho
Conselho que ouviu do pai a respeito de dinheiro: nenhum. Ele dizia que tinha nascido pelado e ia morrer sem roupa
Conselho que dá a seus filhos a respeito de dinheiro: digo a eles que existem coisas que valem mais que o dinheiro
Estudar ou trabalhar: as duas coisas
O que é um jantar caro: quando se está em boa companhia nenhum jantar é caro
Como gostaria de morrer: bem espiritualizado


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MARCELO TRIPOLI
O paulistano de 23 anos é diretor de e-marketing da Alterbrain Brasil, empresa de consultoria de internet. Começou a trabalhar em seu quarto, criando páginas de internet para conhecidos. Percebeu que grandes empresas tinham sites muito mal montados e que não aproveitavam bem o potencial da rede para negócios. Então mergulhou em livros de marketing e administração, vestiu um paletó e montou a MTM, empresa de consultoria eleita uma das dez melhores do país no ramo. No final do ano passado, vendeu a MTM e associou-se à multinacional. Seu patrimônio emagreceu quando a empresa perdeu valor de mercado.
Frase que mais usa: resultado
Maior medo: os comuns a todas as pessoas
Virtude que mais valoriza: a garra
Característica que mais lamenta nos outros: inveja
Herói de ficção preferido: não tenho herói
Do que menos gosta: falta de tempo
Conselho que ouviu do pai a respeito de dinheiro: analise muito bem antes de tomar uma decisão
Conselho que dará a seus filhos a respeito de dinheiro: não sabe
Estudar ou trabalhar: os dois devem estar equilibrados
O que é um jantar caro: depende da companhia
Como gostaria de morrer: procuro não pensar nisso


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JOÃO DE MATOS
O paulista de 53 anos vive em Nova York desde os 17. Desembarcou nos Estados Unidos com um dinheirinho que dava apenas para passar férias, mas estava determinado a, de alguma forma, ganhar o bastante para pelo menos comprar um carrão. Conseguiu dinheiro emprestado, montou uma agência de viagens e atualmente tem a maior rede de agências que vendem pacotes turísticos para americanos passearem no Brasil e na América Latina. Tem ainda uma churrascaria, uma boate, uma lanchonete e um jornal dirigido a brasileiros que vivem nos Estados Unidos. O valor de tudo isso é calculado por seus amigos em 60 milhões de dólares. "Tive a sorte de estar no lugar certo na hora certa e de não deixar passar a oportunidade", diz.
Frase que mais usa: por favor
Maior medo: doença
Virtude que mais valoriza: honestidade
Característica que mais lamenta nos outros: gente que tem duas caras
Herói de ficção preferido: James Bond
Do que menos gosta: fila
Quanto demorou para acumular o primeiro milhão: vinte anos
Conselho que ouviu da mãe a respeito de dinheiro: guarde
Conselho que dará a seus filhos a respeito de dinheiro: guarde
Estudar ou trabalhar: trabalhar é tudo na vida
O que é um jantar caro: toda comida ruim é cara
Como gostaria de morrer: dormindo


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ALEKSANDAR MANDIC
O paulistano descendente de sérvios, de 46 anos, é técnico em eletrônica e tem um patrimônio pessoal estimado de 10 milhões de dólares. Entre suas propriedades estão um apartamento de 600 metros quadrados em São Paulo e um jato. Em 1995, criou um dos primeiros provedores de acesso à internet no Brasil, o Mandic. A empresa foi vendida em 1998 para a argentina Impsat. Mandic é um dos donos do iG, um dos maiores portais de internet do país. Anda de chinelo e gosta de viajar para o interior do Brasil. Diz que não sabe como gastar dinheiro. "Quando a gente tem mais de 10 milhões acaba pagando mais coisas para os outros e aproveitando pouco."
Frase que mais usa: tudo pode
Maior medo: minha mulher
Virtude que mais valoriza: bom humor
Característica que mais lamenta nos outros: impontualidade. Faz perder tempo, e tempo é a única coisa que não se recupera na vida
Herói de ficção preferido: não tenho
Maior conquista: vender o Mandic
Do que menos gosta: esperar
Quanto demorou para acumular o primeiro milhão: tinha 39 anos. Foi em 1995
Conselho que ouviu do pai a respeito de dinheiro: nenhum. Ele era gastador
Conselho que dá a seus filhos a respeito de dinheiro: nós não temos dinheiro. É para não gastar por conta
Estudar ou trabalhar: é o mesmo que perguntar de qual das pernas você gosta mais
O que é um jantar caro: depende do jantar. Talvez acima de 2 000 reais
Como gostaria de morrer: em desastre aéreo


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SWALDO (à esq.) E MILTON GUEDES
Oswaldo, de 57 anos, é sócio do irmão nas padarias Dengosa e Galeria dos Pães, rede que começou com uma única casa há vinte anos e hoje está entre as mais rentáveis de São Paulo. Só a Galeria fatura 1 milhão de reais por mês. Tem uma fazenda onde cria 2 000 cabeças de gado e um motel em São Paulo. O patrimônio dos dois é avaliado em cerca de 15 milhões de reais. Não usam roupa de grife, raramente tiram férias e investem tudo o que ganham em seus negócios.
Frase que mais usa: temos de fazer do trabalho a continuação de nosso lar
Maior medo: nenhum
Virtude que mais valoriza: trabalho
Características que mais lamenta nos outros: mentira e preguiça
Herói de ficção preferido: Homem-Aranha
Do que menos gosta: sujeira e horário de propaganda política
Quanto demorou para acumular o primeiro milhão: vinte anos
Conselho valioso que ouviu do pai: o dinheiro não tolera desaforo
O que é um jantar caro: 500 reais


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KLAUS SCHUMACHER
"Fazer tudo o que os outros não fazem ou não gostam de fazer." Esse é o lema do imigrante alemão de 75 anos que chegou pobre a Rio Negrinho, em Santa Catarina, em 1952. Ele é mestre em transformar argila em objetos de cerâmica. Hoje vende canecos de chope e panelas de cerâmica para grandes corporações, como a fabricante de cosméticos Avon (que embala perfumes em canequinhos) e a cervejaria americana Budweiser. Sua empresa, a Ceramarte, emprega 1 100 funcionários e faturou 27 milhões de reais em 2000. Mora colado à fábrica, numa casa bonita e confortável. Chega às 7 da manhã ao trabalho e só sai no início da noite. Há anos, sua única diversão além do trabalho é a aviação. Já montou helicópteros e pretende dedicar-se à aviação quando se aposentar, dentro de dez anos.
DE PAI PARA FILHO
Conselhos sobre dinheiro e trabalho que os mais tradicionais empresários brasileiros receberam dos pais:
clip_image035 Antônio Ermírio de Moraes, presidente do Grupo Votorantim
“Que nossa humildade cresça mais que nosso poder econômico. E que é necessário amar o Brasil com toda sua força, pois somos um país rico com gente pobre, e isso não pode continuar assim."
Olacyr de Moraes, empresário
“Meu pai vivia me dizendo que o trabalho e a honestidade são obrigações fundamentais na vida de todo homem. Dizia também que eu jamais poderia permitir que o dinheiro me transformasse em uma pessoa vaidosa ou que me levasse a esquecer quem são os verdadeiros amigos."
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clip_image037 Rolim Amaro, dono da TAM
“Primeiro, que é preciso aprender com os conflitos. E, depois, que sempre se deve respeitar o dinheiro, ou ele foge de você."
clip_image038 Nizan Guanaes, presidente do iG
“O único lugar em que dinheiro vem antes de trabalho é no dicionário."

As pessoas que ficaram ricas e chegaram ao sucesso e ao poder foram aquelas que acreditaram nelas?

Foram aquelas que acreditaram nelas e que não deram ouvidos para os outros? Acreditaram que elas tinham capacidade?
É estranho mais todos nós temos capacidade de sermos o que quisermos o único empecilho é a mente que como foi carregada de padrões sociais negativo.
Sucesso = Preparo + oportunidade + vontade + determinação;
Para ter sucesso, a pessoa deve ter a oportunidade, o preparo para usufruir da oportunidade, vontade e determinação para se dedicar a oportunidade. Lógico que a pessoa deve crer em si mesma para se dedicarem. Exemplo: Alguém consegue um milhão e quer "transformá- lo" em bilhão. Para isto além da oportunidade de investir o dinheiro e esperar retorno, ela deve ter preparo para decidir a melhor maneira de investir, os riscos, etc. vontade para conseguir e se determinar e muitas vezes trabalhar até de madrugada para entender qual é a melhor decisão de investir o dinheiro.
Como transformar R$1,00 em R$1.000 em um mês?
Desafio: Existe muito exemplo de pessoas que não tinham nada e que ficaram ricos depois de muito tempo de trabalho! Você gosta de desafio? Então tente esse! Como conseguir transformar R$1,00 em R$1.000? Em um mês?
Essas pessoas que ficaram ricas dessa forma começaram comprando coisas de pequeno valor pra vender na rua. P. ex. você vai à distribuidora de doces e compra um saco de jujubas (balas) e começa a vender na rodoviária, com o lucro você já pode comprar dois sacos e aí o dinheiro vai se multiplicando e você pode partir pra outras coisas. Mas não é todo mundo que tem motivação pra fazer isso... A pessoa tem que estar no fundo do poço...

Tipos de Inteligência



A Evolução do Conceito de Inteligência
Durante grande parte dos séculos 19 e 20, acreditou-se que a inteligência era algo podia ser facilmente medida, determinada e comparada através de testes, como o famoso teste de QI, por exemplo, que dava a inteligência da pessoa em números. No entanto, com o tempo, o teste de QI foi caindo em descrédito, pois pouco a pouco foi se notando que nem sempre as pessoas mais inteligentes e bem sucedidas obtia os melhores resultados.
Os psicólogos e pesquisadores começaram a notar que havia alguns casos de pessoas que obtinham resultados medíocres nos testes de QI, mas que se davam bem na vida, pois eram pessoas determinadas, disciplinadas, persistentes e carismáticas. Mas como pessoas consideradas “burras” pelo teste de QI poderiam ter tanto sucesso?
Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existe ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de si. No entanto cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros.

Os 7 Tipos de Inteligência:

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Inteligência Lingüística
As pessoas que possuem este tipo de inteligência tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade, também têm um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns.

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Inteligência Lógica
Pessoas com esse perfil de inteligência têm uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas têm facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar à resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro.

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Inteligência Motora
Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade. Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado à coordenação e capacidade motora.

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Inteligência Espacial
Pessoas com este perfil de inteligência tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas têm uma grande capacidade de criação em geral, mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência têm como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue.

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Inteligência Musical
É um dos tipos raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas musicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluída que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados à criatividade.

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Inteligência Interpessoal
Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada à capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extremamente ativas e em geral causam uma grande admiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para si. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto.

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Inteligência Intrapessoal
É um tipo raro de inteligência, também relacionado à liderança. Quem desenvolve a inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e influenciando as pessoas através de ideias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro.

As Inteligências Predominantes:

Porcentagem das pessoas em que cada tipo de inteligência predomina:

Inteligência Linguística * 29 % clip_image014
Inteligência Lógica * 29 % clip_image016
Inteligência Motora 16 % clip_image018
Inteligência Espacial 14 % clip_image019
Inteligência Musical 6 % clip_image020
Inteligência Interpessoal 4 % clip_image022
Inteligência Intrapessoal 2 % clip_image024
*: são as chamadas Inteligências Clássicas, as inteligências que aparecem no teste de QI.

Tipos de Conhecimentos

 
      Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
      Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
      Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca.

      Existem diferentes tipos de conhecimentos:

1 - Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum)
      É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
Exemplo:
      A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.

2 - Conhecimento Filosófico
      É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.
Exemplo:
      "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche)
3 - Conhecimento Teológico
      Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Exemplo:
      Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc..

4 - Conhecimento Científico
      É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:

      - É racional e objetivo. 
      - Atém-se aos fatos. 
      - Transcende aos fatos. 
      - É analítico. 
      - Requer exatidão e clareza. 
      - É comunicável. 
      - É verificável. 
      - Depende de investigação metódica. 
      - Busca e aplica leis. 
      - É explicativo. 
      - Pode fazer predições. 
      - É aberto. 
      - É útil

Exemplo:
      Descobrir uma vacina que evite uma doença...

OS TIPOS DE CONHECIMENTO HUMANO


No processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode penetrar em todas as esferas do conhecimento: ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre a sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência cotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando através de investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; pode-se questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua liberdade; finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados.
Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento popular, filosófico, religioso e científico, estas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum.
Para melhor entender cada um desses tipos de conhecimento, vamos inicialmente traçar um paralelo entre o conhecimento científico e o conhecimento popular, para depois sinteticamente identificar o que caracteriza cada um deles.
O conhecimento científico e outros tipos de conhecimento
Ao se falar em conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de outros tipos de conhecimentos existentes. Para tal, analisemos uma situação muito presente no nosso cotidiano.
O parto no âmbito popular e o parto no âmbito da ciência da medicina.
Tipos de conhecimentos que se encontram mesclados neste exemplo:
Empírico, popular, vulgar, transmitido de geração em geração por meio da educação informal e baseado na imitação e na experiência pessoal.
Científico, conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar "por que" e "como" os fenômenos ocorrem.
Correlação entre Conhecimento Popular e Conhecimento Científico
O conhecimento vulgar ou popular, também chamado de senso comum, não se distingue do conhecimento nem pela veracidade, nem pela natureza do objeto conhecido. O que diferencia é a FORMA, O MODO OU O MÉTODO E OS INSTRUMENTOS DO CONHECER.
Aspectos a considerar:
A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade.
Um objeto ou um fenômeno podem ser matéria de observação tanto para o cientista quanto para o homem comum. O que leva um ao conhecimento científico e outro ao vulgar ou popular é a forma de observação.
Tanto o "bom senso", quanto à "ciência" almejam ser racionais e objetivos.
Características do Conhecimento Popular
Se o "bom senso", apesar de sua aspiração à racionalidade e objetivo, só consegue atingir essa condição de forma muito limitada, pode-se dizer que o conhecimento vulgar, popular, latu sensu, é o modo comum, corrente e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres humanos.
"É o saber que preenche a nossa vida diária e que se possui sem o haver procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver refletido sobre algo". (Babini, 1957:21).
Verificamos que o conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais no que se refere ao seu contexto metodológico do que propriamente ao seu conteúdo. Essa diferença ocorre também em relação aos conhecimentos filosóficos e religiosos (teológico).
Apresentamos abaixo, em linhas gerais, as características principais dos quatro tipos de conhecimento: popular, filosófico, teológico e científico.
CONHECIMENTO POPULAR

Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas.
Sensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária.
Subjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos.
Assistemático - a organização da experiência não visa a uma sistematização das ideais, nem da forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las.
Acrítico - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de uma forma crítica.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO

Valorativo - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e não na experimentação.
Não verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser confirmados nem refutados.
Racional - consiste num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
Sistemático - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Infalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos ao decisivo teste da observação, experimentação.
A filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano, buscando até leis mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência.
CONHECIMENTO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO
Apóia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas, valorativas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural, inspiracional e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis, indiscutíveis e exatas. É um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino. Suas evidências não são verificadas. Está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado.
O conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade, do sobrenatural.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Real, factual - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de existência que se manifesta de algum modo.
Contingente - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
Sistemático - saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.
Verificável - as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
Falível - em virtude de não ser definitivo absoluto ou final.
Aproximadamente exato - novas proposições e o desenvolvimento de novas técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
MÉTODOS CIENTÍFICOS
Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são ciências. Dessas afirmações podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é da alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos.
Conceitos de método
"Caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado". (Hegenberg, 1976:II-115)1.
"Forma de selecionar técnicas e avaliar alternativas para ação científica". (Ackoff In: Hegenberg, 1976: II-116)2.
"Forma ordenada de proceder ao longo de um caminho". (Trujillo, 1974:24)3
"Ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado". (Jolivet, 1979:71)4.
"Conjuntos de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade". (Cervo e Bervian, 1978:17)5.
"Caracteriza-se por ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da investigação científica, mas o próprio processo de investigação". (Kaplan In: Grawitz, 1975: I-18)6.
Desenvolvimento histórico do método
A preocupação em descobrir e, portanto, explicar a natureza vem desde os primórdios da humanidade, quando as duas principais questões referiam-se às forças da natureza, a cuja mercê vivia os homens, e à morte. O conhecimento mítico voltou-se à explicação desses fenômenos, atribuindo-os a entidades de caráter sobrenatural. A verdade era impregnada de noções supra-humanas e a explicação fundamentava-se em motivações humanas, atribuídas a "forças" e potências sobrenaturais.
À medida que o conhecimento religioso se voltou, também, para a explicação dos fenômenos da natureza e do caráter transcendental da morte, como fundamento de suas concepções, a verdade revestiu-se do caráter dogmático, baseada em revelações da divindade. São a tentativa de explicar os acontecimentos através de causas primeiras, os deuses, sendo o acesso dos homens ao conhecimento derivado da inspiração divina. O caráter sagrado das leis, da verdade, do conhecimento, como explicações sobre o homem e o universo, determina uma aceitação sem crítica dos mesmos, deslocando o foco das atenções para a explicação da natureza da divindade.
O conhecimento filosófico, por sua vez, parte para a investigação racional na tentativa de captar a essência imutável do real, através da compreensão da forma e das leis da natureza.
O senso comum, aliado à explicação religiosa e ao conhecimento filosófico, orientou as preocupações do homem com o universo. Somente no século XVI é que se iniciou uma linha de pensamento que propunha encontrar um conhecimento embasado em maiores garantias, na procura do real. Não se buscam mais as causas absolutas ou a natureza íntima das coisas; ao contrário, procuram-se compreender as relações entre elas, assim como a explicação dos acontecimentos, através da observação científica, aliada ao raciocínio.
Da mesma forma que o conhecimento se desenvolveu, o método, a sistematização de atividades, também sofreu transformações. O pioneiro a tratar do assunto, no âmbito do conhecimento científico, foi Galileu Galilei, primeiro teórico do método experimental. Discordando dos seguidores do filósofo Aristóteles, considera que o conhecimento da essência íntima das substâncias individuais deve ser substituído, como objetivo das investigações, pelo conhecimento das leis que presidem os fenômenos. A ciência, para Galileu, não têm, como principal foco de preocupações, a qualidade, mas as relações quantitativas. Seu método pode ser descrito como indução experimental, chegando-se a uma lei geral através de da observação de certo número de casos particulares. Os principais passos de seu método podem ser assim expostos: observação dos fenômenos; análise dos elementos constitutivos desses fenômenos, com a finalidade de estabelecer relações quantitativas entre eles; indução de certo número de hipóteses; verificação das hipóteses aventadas por intermédio de experiências; generalização do resultado das experiências para casos similares; confirmação das hipóteses, obtendo-se, a partir delas, leis gerais.
Contemporâneo de Galileu, Francis Bacon também partiu da crítica a Aristóteles, por considerar que o processo de abstração e o silogismo (dedução formal que, partindo de duas proposições, denominadas premissas, delas retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada conclusão) não propiciam um conhecimento completo do universo. Parte do pressuposto de que o conhecimento científico é o único caminho seguro para a verdade dos fatos, devendo seguir os seguintes passos: experimentação; formulação de hipóteses; repetição; testagem das hipóteses, formulação de generalizações e leis.
Ao lado de Galileu e Bacon, no mesmo século, surge Descartes. Com sua obra, Discurso do Método, afasta-se dos processos indutivos, originando o método dedutivo. Para ele, chega-se à certeza através da razão, princípio absoluto do conhecimento humano. Postula, então, quatro regras: evidência, que diz para não acolher jamais como verdadeira uma coisa que não se reconheça evidentemente como tal, isto é, evitar a precipitação e o preconceito e não incluir juízos, senão aquilo que se apresenta com tal clareza ao espírito que torne impossível a dúvida; análise, que consiste em dividir cada uma das dificuldades em tantas partes quantas necessárias para melhor resolvê-las, ou seja, o processo que permite a decomposição do todo em suas partes constitutivas, indo sempre do mais para o menos complexo; síntese, entendida como o processo que leva à reconstituição do todo, previamente decomposto pela análise, consistindo em conduzir ordenadamente os pensamentos, principiando com os objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, em seguida, pouco a pouco, até o conhecimento dos objetos que não se disponham, de forma natural, em seqüências de complexidade crescente; enumeração, que consiste em realizar sempre enumerações tão cuidadosas e revisões tão gerais que se possa ter certeza de nada haver omitido.
Com o passar do tempo, muitas outras visões foram sendo incorporadas aos métodos existentes, fazendo com que surgissem também outros métodos, como veremos adiante. Antes, porém, cabe apresentar o conceito de método moderno, independente do tipo. Para tal, será considerado que o método científico é a teoria da investigação e que esta alcança seus objetivos, de forma científica, quando cumpre ou se propõe a cumprir as seguintes etapas:
Descobrimento do problema - ou lacuna, num conjunto de acontecimentos. Se o problema não estiver enunciado com clareza, passa-se à etapa seguinte; se estiver, passa-se à subseqüente;
Colocação precisa do problema - ou ainda, a recolocação de um velho problema à luz de novos conhecimentos (empíricos ou teóricos substantivos ou metodológicos);
Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema - ou seja, exame do conhecido para tentar resolver o problema;
Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados - se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte, em caso contrário, à subseqüente;
Invenção de novas idéias - hipóteses, teorias ou técnicas ou produção de novos dados empíricos que prometam resolver o problema;
Obtenção de uma solução - exata ou aproximada do problema, com o auxílio do instrumental conceitual ou empírico disponível;
Investigação das conseqüências da solução obtida - em se tratando de uma teoria, é a busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio. Em se tratando de novos dados, é o exame das conseqüências que possam ter para as teorias relevantes;
Prova ou comprovação da solução - confronto da solução com a totalidade das teorias e da informação empírica pertinente. Se o resultado é satisfatório, a pesquisa é dada como concluída, até novo aviso. Do contrário, passa-se para a etapa seguinte;
Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta - esse é, naturalmente, o começo de um novo ciclo de investigação.
Métodos específicos das Ciências Sociais
A maioria dos autores faz distinção entre "método” e "métodos", porém, se de um lado a diferença ainda não ficou clara, de outro, continua-se utilizando o termo "método" para tudo.
Como uma contribuição às tentativas de fazer distinção entre os dois termos, diríamos que o "método” se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em um nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade. Assim, teríamos, em primeiro lugar, o método de abordagem assim discriminado:
Método Indutivo- cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente);
Método Dedutivo - que, partindo das teorias e leis, na maioria das vezes previa a ocorrência dos fenômenos particulares (conexão descendente);
Método Hipotético-dedutivo - que se inicia por uma percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese.
Método dialético - que penetra o mundo dos fenômenos, através de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
Por sua vez, os "métodos de procedimento" seriam etapas mais concretas da investigação, com finalidade menos abstrata e mais restrita em termos de explicação geral dos fenômenos. Dir-se-ia até serem técnicas que, pelo uso mais abrangente, se erigiram em métodos. Pressupõem uma atitude concreta em relação ao fenômeno e estão limitadas a um domínio particular. São as que veremos a seguir, na área restrita das ciências sociais, em que geralmente são utilizados vários, concomitantemente.
Método Histórico - consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje. Para melhor compreender o papel que atualmente desempenham na sociedade, remonta aos períodos de sua formação e de suas modificações;
Método Comparativo - é utilizado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os atuais e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento;
Método Monográfico - consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, instituições, condições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações;
Método Estatístico - significa a redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, etc., em termos quantitativos. A manipulação estatística permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado;
Método Tipológico - apresenta certas semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais (que não existam de fato na sociedade), construídos a partir da análise de aspectos essenciais do fenômeno;
Método Funcionalista - é a rigor mais um método de interpretação do que de investigação. Estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de atividades;
Método Estruturalista - o método parte da investigação de um fenômeno concreto eleva-se, a seguir, ao nível abstrato, por intermédio da construção de um modelo que represente o objeto de estudo, retomando por fim ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social.