Uma revolução silenciosa (e sem data para acabar) está em curso na medicina preventiva. Com uma simples gota de sangue é possível traçar o retrato da saúde de cada um de nós com extrema precisão. A análise sanguínea não se restringe mais ao diagnóstico de doenças. Por meio dela, é possível avaliar os riscos de aparecimento de moléstias antes mesmo de seus primeiros sintomas. Os novos exames apontam os assassinos invisíveis que percorrem a corrente sanguínea e, em algum ponto da vida, podem desencadear diversos tipos de câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, moléstias infecciosas e auto-imunes.
Os exames sanguíneos tornaram-se também uma arma vital para a realização de um antigo sonho dos médicos – a individualização dos tratamentos. Quantidades ínfimas de sangue informam como um paciente responde a determinado medicamento. "Com isso, os médicos ganham um tempo precioso tanto pelo diagnóstico precoce quanto pelo acompanhamento minucioso da evolução clínica do doente", diz o patologista Rogério Rabelo, um dos maiores estudiosos de testes de sangue automatizados do país e pesquisador do Instituto Fleury, um importante centro de pesquisa de análises clínicas. "Dessa forma, as chances de sucesso do tratamento aumentam sobremaneira." O arsenal à disposição dos especialistas é vastíssimo. Existem atualmente cerca de 5.000 tipos de exame de sangue para ajudar nos cuidados e na prevenção dos mais diversos males – do diabetes à artrite reumatóide, das hepatites ao lúpus, dos infartos e derrames aos cânceres de mama e de intestino.
Um bom exemplo dessa história de conquistas é um novo exame para a detecção precoce da artrite reumatóide. Com 2 milhões de vítimas no Brasil, a doença se caracteriza pelo ataque do sistema imunológico contra as células das articulações. A investida desencadeia um processo inflamatório, que danifica os ossos. O resultado são dores terríveis e deformações, principalmente nas mãos, nos punhos, joelhos, tornozelos e pés. Há cinco anos, surgiu o anti-CCP, teste capaz de flagrar a artrite reumatóide em estágios bastante iniciais – o que é essencial para o controle dos danos articulares. O exame detecta a presença de anticorpos contra a substância CCP, produzida pelo organismo das vítimas da artrite reumatóide. Com um índice de 98% de acerto, ele é cinco vezes mais preciso do que os testes tradicionais.
Arsenal vasto: há cerca de 5 000 tipos de exame de sangue para o diagnóstico e a prevenção das mais variadas doenças
Outra área da medicina muito beneficiada pelos avanços na qualidade das análises sanguíneas foi a cardiologia. "Com a popularização do exame de colesterol, na década de 50, os paradigmas do tratamento das doenças cardíacas mudaram completamente", diz o cardiologista Raul Santos Filho, do Instituto do Coração, de São Paulo. "A sobrevivência da cardiologia seria praticamente inviável sem os exames de colesterol." Baixar os níveis dessa gordura circulante no organismo reduz em um terço as mortes por infartos e derrames. Por isso, a medição do colesterol continua a integrar a lista dos exames sanguíneos imprescindíveis (veja quadro na pág. 89). Além do colesterol, nos últimos cinco anos surgiram importantes marcadores de problemas coronarianos. Quem carrega no sangue excesso da proteína C-reativa, do aminoácido homocisteína e da enzima fosfolipase A2 tem risco aumentado para doenças cardiovasculares.
Os novos exames só são resultado do conhecimento mais profundo da química do sangue, sobretudo ao longo dos últimos dez anos. Um dos campos que mais avançaram e possibilitaram essa evolução foi o da biologia molecular, especificamente com a criação de um método batizado de PCR, capaz de copiar pedaços específicos de material genético bilhões de vezes em poucas horas. Abria-se o caminho para a análise quantitativa e qualitativa de vírus e bactérias em escala industrial e a descoberta de mutações no DNA associadas a diversas doenças genéticas, como câncer. O autor da façanha foi um ex-hippie americano, o químico Kary Mullins, ganhador do Nobel de 1993 graças a sua invenção. Antes do desenvolvimento do PCR, os exames de sangue para o tratamento de doentes infectados por vírus ou bactérias resumiam-se aos testes de identificação da presença desses microrganismos na circulação. Com o método criado por Mullis, hoje os médicos conseguem definir com bastante acuidade a quantidade e a cepa do vírus ou bactéria que causam a doença. Esse tipo de análise é essencial no tratamento de doentes de aids e vítimas das hepatites. Uma das grandes dificuldades do tratamento da hepatite C, por exemplo, é que a doença exige um acompanhamento muito rigoroso. Com a genotipagem e carga viral de HCV, o médico pode determinar o melhor tipo de tratamento para cada paciente. É o que acontece também com as terapias anti-aids.
A contribuição do refinamento dos exames de sangue estende-se também para o campo da oncologia. A partir do momento em que se identificou a relação entre determinadas mutações genéticas e o aparecimento de tumores malignos, uma única gota de sangue passou a ser suficiente para determinar a propensão de uma pessoa ao desenvolvimento da doença. Dessa amostra são colhidos, geralmente, alguns linfócitos – um tipo de glóbulo branco, a estrutura sanguínea responsável pela defesa do organismo. Eles fornecem o DNA a ser analisado. Desses exames, um dos mais novos e importantes é o que procura defeitos nos genes MSH1 e MLH2, associados à neoplasia de intestino. Alterações nesses genes determinam um risco 30% maior para o aparecimento do câncer. A presença dessas anormalidades genéticas não significa necessariamente que a pessoa vá desenvolver a doença. Esses exames genéticos são importantes para que os pacientes invistam mais nas medidas preventivas e fiquem mais atentos aos primeiros sinais do câncer, caso ele se manifeste.
Pelas veias e artérias de um adulto circulam, em média, 5 litros de sangue. Numa mulher, a quantidade é um pouco menor – 4,5 litros. "O sangue é uma fonte inesgotável de novidades científicas", diz o médico Adagmar Andriolo, professor de patologia clínica da Universidade Federal de São Paulo. É quase rotineira a descoberta de um novo componente ou de uma utilidade inédita para substâncias já conhecidas (veja quadro na pág. 89). Sabe-se hoje que o sangue carrega dezenas de milhares de compostos, além de suas estruturas básicas – os glóbulos vermelhos, os brancos e as plaquetas. Essas microestruturas ficam mergulhadas no plasma (a parte líquida do sangue) junto com hormônios, proteínas, gorduras, enzimas, vitaminas, sais minerais, bactérias, entre outros. Tão importante quanto identificar, quantificar e qualificar essas estruturas é decifrar seus benefícios e seus malefícios para o organismo. A insulina, por exemplo, é um hormônio essencial à vida. Cabe a ela retirar as moléculas de açúcar da circulação e jogá-las para dentro das células, onde se transformam em energia. O excesso desse hormônio pode ser extremamente danoso à saúde das veias e artérias. Em grandes quantidades, quando carregada pelo sangue, a insulina age como um arame farpado sendo arrastado pelos vasos sanguíneos. Os danos causados por esse processo são os responsáveis pelas principais complicações do diabetes, como retinopatia, insuficiência renal e quadros de gangrena, entre outras. Há dois anos começou a ganhar popularidade uma nova utilidade para o exame de hemoglobina glicada, que mede a taxa de açúcar no sangue até três meses antes de sua realização. Altos índices dessa substância em circulação estão diretamente relacionados a um aumento na probabilidade de ocorrência de complicações.
Revolução: uma gota de sangue basta para realizar um hemograma, exame que analisa os principais componentes sanguíneos
Outra evolução notável nas análises sanguíneas diz respeito aos equipamentos utilizados. A maioria dos testes de sangue atualmente é feita por um maquinário ultramoderno, que ocupa apenas 6 metros quadrados, mas é capaz de analisar até 15.000 amostras de sangue por dia. Em 1960, quando o processamento era quase totalmente manual, o espaço para fazer essa quantidade de testes seria de 2.000 metros quadrados. Além disso, as máquinas atuais requerem amostras cada vez menores para discriminar ou dosar as diversas substâncias encontradas no sangue. Um teste de glicemia, por exemplo, requer apenas um vigésimo de gota. O mesmo exame, quinze anos atrás, exigiria um tubo de ensaio.
A partir da década de 90, um verdadeiro arsenal de aparelhos portáteis para exames de sangue chegou ao mercado. Em menos de cinco minutos, os dispositivos caseiros ajudam a controlar doenças crônicas ou auxiliam atletas a avaliar sua performance. Um dos aparelhos domésticos mede o tempo de coagulação do sangue e é usado para pacientes que tomam anticoagulantes. Outro mede o colesterol total e os triglicérides. E outro, importado, fornece informações separadamente sobre os níveis de LDL e HDL no sangue. O mais popular desses aparelhinhos é, no entanto, o medidor de glicemia. Ele melhorou sobremaneira a qualidade de vida dos diabéticos, que têm de medir mais de uma vez ao dia seu nível de açúcar no sangue. Vinte anos atrás, o mesmo doente precisava ir ao laboratório coletar sangue diariamente. Alguns até três vezes ao dia. Como era difícil dispor de tanto tempo para os testes, o resultado era que o doente raramente controlava a doença como deveria.
Linha de produção: as máquinas mais modernas realizam até 15 000 exames de sangue por dia – o dobro de dez anos atrás
Um dos maiores desafios dos cientistas agora é criar maneiras mais eficazes para saber com exatidão quais são as principais ameaças e, mais importante ainda, tentar desenvolver métodos que protejam o organismo contra danos. Para isso, continua-se investindo pesado em pesquisas e tecnologias. Os investimentos direcionam-se também para a invenção de novos métodos de diagnóstico. No ano passado, um grupo de pesquisadores de uma universidade australiana lançou o primeiro biossensor digital de sangue. O dispositivo é quase do tamanho de uma fita cassete, com a espessura de um CD. Ele usa nanotecnologia e foi criado para fazer diagnósticos de algumas doenças ou detectar a presença de drogas, como maconha e cocaína, ou hormônios em locais críticos, como ambulância e salas de emergência. E a revolução continua.
As doenças que os novos exames apontam
As novas análises são capazes de determinar a probabilidade de uma doença vir a se manifestar
ARTRITE REUMATÓIDE
A artrite reumatóide caracteriza-se pelo ataque do sistema imunológico contra as células das articulações. A investida desencadeia um processo inflamatório que danifica os ossos. Há um exame capaz de flagrar a artrite reumatóide em estágios bastante iniciais. Trata-se do anti-CCP. O exame detecta a presença de anticorpos contra a substância CCP, produzida pelo organismo das vítimas da doença. Com um índice de 98% de acerto, ele é cinco vezes mais preciso do que os testes tradicionais
CÂNCER DE MAMA, DE OVÁRIO E DE INTESTINO
Por meio do sangue, é possível determinar se uma pessoa tem propensão genética a diversos tipos de câncer. Os genes mais testados atualmente são os que se relacionam aos tumores malignos de mama e de intestino. Mulheres com alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 têm até 80% de risco de desenvolver tumores de mama e 40% os de ovário. Os genes MSH1 e MLH2 são responsáveis por 90% dos casos de câncer de intestino. Os exames verificam se o grau de mutação genética indica riscos
DIABETES
Com o teste da hemoglobina glicada é possível avaliar as alterações nos níveis de açúcar ocorridas até três meses antes. Assim o controle do diabetes fica muito mais preciso. Há dois anos, os médicos descobriram que os níveis dehemoglobina glicada estão intrinsecamente relacionados à probabilidade de o paciente desenvolver complicações típicas do diabetes, como retinopatia, insuficiência renal, infartos e derrames
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Há no mercado testes capazes de determinar alterações nos níveis de substâncias diretamente relacionadas à ocorrência de infartos e derrames. Um desses marcadores é a proteína Creativa, liberada pelo fígado sempre que há uma inflamação no organismo, como a deflagrada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias. O exame que mede as quantidades dessa proteína chama-se PCR ultra-sensível. Outro indicador de problemas cardiovasculares é o aminoácidohomocisteína. Ele está associado ao aumento dos riscos de formação de trombos, que pode levar ao entupimento arterial. Há ainda o teste de nome PLAC, que mede as taxas da enzima fosfolipase A2, importante marcador de inflamação nas artérias
LÚPUS
O lúpus é uma doença auto-imune bastante grave. Em 2000, chegou ao mercado um exame de sangue capaz de detectar o início do problema no sistema imunológico. Trata-se da identificação de anticorpos anticromatina. Com esse tipo de análise, os pacientes conseguem controlar os sintomas da doença antes que eles se tornem severos demais
Outras novidades
Exames tradicionais que evoluíram muito
AIDS
Hoje se sabe que tão importante quanto identificar a presença do vírus HIV no organismo é determinar as suas quantidades e seu perfil genético. Isso possibilita ao médico indicar um tratamento mais efetivo, com remédios contra os quais o vírus não tem resistência. O nome desse exame é genotipagem e carga viral de HIV
HEPATITE C
Uma das grandes dificuldades do tratamento da hepatite C é que a doença exige um acompanhamento muito rigoroso. Há um exame que determina a quantidade no organismo do vírus HCV e identifica a sua cepa. A esse tipo de avaliação se dá o nome de genotipagem e carga viral de HCV. Com isso os médicos podem escolher o melhor tipo de tratamento para cada paciente
DETECÇÃO DE DNA FETAL
Por meio da análise do sangue materno é possível identificar o sexo e o fator Rh do bebê, a partir da oitava semana de gestação. O teste é importante para determinar a compatibilidade entre o sangue da mãe e o do feto. Ele dispensa também a amniocentese, método que colhe o material genético do feto através de punções na placenta, o que oferece risco de aborto
Check-up sanguíneo
Os exames de sangue mais comuns devem ser feitos regularmente a partir dos 20 anos
• HEMOGRAMA
O que é
Analisa a quantidade e a qualidade dos glóbulos vermelhos, das plaquetas e dos glóbulos brancos
Importância
Alterações na quantidade e no formato dos glóbulos vermelhos são sinal de anemia. Plaquetas abaixo do limite indicam problemas de coagulação como hemorragias. Excesso na quantidade de glóbulos brancos diagnostica infecções por vírus ou bactérias
• GLICEMIA
O que é
Mede o nível de açúcar
Importância
É imprescindível para o diagnóstico precoce do diabetes do tipo 2. Quando a doença é detectada no início, reduz-se à metade o risco de complicações como cegueira, infarto e insuficiência renal
• COLESTEROL TOTAL
O que é
Mede a soma dos níveis de LDL (o mau colesterol) e HDL (o bom colesterol)
Importância
Altas taxas de colesterol sinalizam risco de infartos e derrames e doenças como diabetes, cirrose hepática e hipotireoidismo
• LDL E HDL
O que é
Mede separadamente as taxas de LDL e HDL
Importância
Em excesso, o LDL pode entupir as artérias. O HDL, por sua vez, ajuda a limpar as artérias, livrando-as do acúmulo de gordura. O ideal é ter muito HDL e pouco LDL circulando no sangue
• TRIGLICÉRIDES
O que é
Mede a quantidade de outro tipo de gordura, os triglicérides, no sangue
Importância
Níveis elevados de triglicérides aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes e síndrome metabólica
• TSH E T4
O que é
Em conjunto, os hormônios medem o funcionamento da tireóide
Importância
Níveis alterados dos dois hormônios indicam que a atividade da tireóide, glândula que dita o ritmo de metabolismo do corpo, está desregulada
• CREATININA
O que é
Quantifica os níveis dessa substância, que, produzida pelas fibras musculares, pode indicar problemas nos rins
Importância
Muita creatinina no sangue é sinal de comprometimento das funções renais. Os rins não estariam dando conta de eliminá-la do organismo
• GAMA-GLUTAMIL TRANSFERASE (GAMA GT)
O que é
Mede a quantidade da enzima Gama GT, produzida pelo fígado
Importância
A análise das taxas de Gama GT mede o grau de integridade do fígado, órgão muito suscetível à ação de bebidas alcoólicas e alguns medicamentos, como as estatinas
• HEPATITE A, B E C
O que é
Identifica anticorpos para os vírus mais comuns da doença
Importância
A hepatite pode não apresentar sintomas específicos. Caso o organismo tenha apenas entrado em contato com o vírus, sem adquiri-lo, a prevenção pode ser feita com vacinas para os tipos A e B
Fontes: Adagmar Andriolo, professor de patologia da Unifesp, João Renato Pinho, coordenador do laboratório de técnicas especiais do Hospital Albert Einstein, e Nairo Sumita, diretor do laboratório de bioquímica do Hospital das Clínicas de São Paulo
O sangue ao longo da história
500 a.C.
Ao dissecar animais, o grego Alcmaeon de Crotona é o primeiro a fazer a distinção entre veias e artérias
400 a.C.
O grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, sustenta que a boa saúde depende do equilíbrio entre as quatro substâncias (ou humores) do organismo: as biles amarela e preta, a fleuma e o sangue
De 130 a 200 a.C.
O médico Galeno desenvolve a tese segundo a qual o sangue se forma no fígado e circula pelo organismo em apenas uma direção. Com base nas teorias hipocráticas, ele acredita que os humores são o retrato do estado de espírito das pessoas. O humor sanguíneo equivale a comportamentos alegres, enérgicos e produtivos
1628
O médico inglês William Harvey publica o primeiro trabalho científico no qual mostra que o sangue circula pelo corpo bombeado pelo coração
1665
O fisiologista inglês Richard Lower faz a primeira transfusão de sangue, ligando a veia jugular de um cachorro à artéria do pescoço de outro
1674
O microscopista holandês Antonie van Leeuwenhoek descreve a existência dos glóbulos vermelhos e brancos. Para isso, analisa gotas de seu próprio sangue num microscópio construído por ele
1901
O médico austríaco Karl Landsteiner descreve pela primeira vez a existência de diferentes grupos de sangue. Ele identifica os grupos A, B e C (que mais tarde seria chamado de O)
1902
Landsteiner e seus colegas Alfred von Decastello e Adriano Sturli identificam o quarto grupo sanguíneo, o AB
1940
Karl Landsteiner e Alexander Wiener descobrem o fator Rh, fazendo experimentos em macacos Rhesus
2005
Há cerca de 5 000 exames de sangue disponíveis. Além de suas estruturas básicas (leucócitos, hemácias e plaquetas, imersos no plasma), sabe-se que outras dezenas de milhares de substâncias circulam pelo plasma – hormônios, vitaminas, gorduras e sais minerais, entre outras. O sangue continua a ser uma fonte inesgotável de descobertas. Uma das mais recentes e importantes é a identificação da enzima fosfolipase A2, em 1995. Em 2000, ela é incluída na lista dos marcadores para riscos cardiovasculares
Em casa
Os testes portáteis facilitam o controle de várias doenças. Eles são realizados com apenas uma gota de sangue, extraída da ponta de um dedo
COAGULAÇÃO
O aparelho mede o tempo de coagulação do sangue. É usado para o controle dos pacientes em tratamento com remédios anticoagulantes. O resultado sai em um minuto e a máquina custa cerca de 2 500 reais
LACTATO
O medidor de lactato é indicado para avaliar o desempenho de atletas de alta performance. Quanto maior o preparo do atleta, menores as concentrações da substância no sangue. O resultado fica pronto em um minuto. O aparelho custa em torno de 1 000 reais
GLICEMIA
Uma nova versão do exame portátil mais vendido chega ao mercado no próximo mês. Além de medir os níveis de glicose no sangue, o aparelho pode ser programado pelo médico de acordo com as necessidades de cada paciente. Deve ser lançado com o preço de 150 reais
PERFIL LIPÍDICO
O aparelho mede as concentrações de triglicérides, glicemia e colesterol total. Cada uma dessas medições exige uma gota de sangue. É recomendado para diabéticos e pacientes com excesso de gordura no sangue. Seu preço gira em torno de 550 reais
COLESTEROL FRACIONADO
Além da glicose e dos triglicérides, o aparelho dosa também a concentração dos dois tipos de colesterol no sangue – o HDL, o colesterol bom, e o LDL, o ruim. Ele é bem maior do que a maioria dos aparelhos de testes caseiros e os resultados saem em cinco minutos. Importado, ele custa cerca de 10 000 reais.